BOLACHAS EM ALTA: BOAS NOVAS PARA OS AMANTES DE VINIL
A primeira e talvez mais surpreendente delas é a possível retomada das atividades da Poly Som, última fábrica de vinis brasileira, que sobreviveu a duras penas entre 1999 e 2008, quando oficialmente fechou as portas.
Se tudo correr bem, a Poly Som deverá ter a gravadora independente carioca Deckdisc como sua nova dona e provavelmente atenderá a um público mais roqueiro. A Deck explodiu no mercado investindo em artistas como Pitty e a banda Dead Fish, mas também já apostou em DJs, entre eles, Marcelinho da Lua, que lançou pelo selo dois discos no formato vinil.
Agora outra notícia legal pra quem gosta das bolachonas foi o aumento nas vendas em 2008. Os dados são dos EUA: ano passado, foram 1,88 milhão discos de vinil vendidos, contra 988.000 em 2007. Um dos fatores que ajudaram a requentar as compras de bolachas foi o fato de a gravadora Capitol ter recolocado históricos best sellers de seu catálogo nas prateleiras em vinil (discos como Abbey Road, dos Beatles, The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, e OK Computer, do Radiohead, entre outros). Mais uma prova de que fã de música gosta mesmo de manusear bolachões.
Há ainda a retomada da venda dos discões por grandes redes de varejo no Brasil, como a livraria Cultura, que anda trazendo cada vez mais títulos, especialmente para a sua loja na avenida Paulista, em São Paulo. Se isso tudo vai impactar o que se usa nas cabines dos DJs? Duvido. Mas pra mim (alguém que ama este afável derivado do petróleo), o ano começou mais redondo.
CLAUDIA ASSEF é DJ, jornalista, autora do livro "Todo DJ Já Sambou" e colunista fixa da Electro M.A.G., com a seção "Plastic Passion".
confira essa e outras colunas no site: > Portal Electro MAG
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